quarta-feira, 25 de março de 2009

TUBERCULOSE

As fontes estarão descritas abaixo do texto, bons estudos!

TUBERCULOSE:

É uma infecção causada por um microorganismo chamado Mycobacterium tuberculosis, também conhecido por bacilo de Koch. A doença costuma afetar os pulmões mas pode, também, ocorrer em outros órgãos do corpo, mesmo sem causar dano pulmonar.

Geralmente, pega-se a doença pelo ar contaminado eliminado pelo indivíduo com a tuberculose nos pulmões. A pessoa sadia inala gotículas, dispersas no ar, de secreção respiratória do indivíduo doente. Este, ao tossir, espirrar ou falar, espalha no ambiente as gotículas contaminadas, que podem sobreviver, dispersas no ar, por horas, desde que não tenham contato com a luz solar. A pessoa sadia, respirando no ambiente contaminado, acaba inalando esta micobactéria que se implantará num local do pulmão. Em poucas semanas, uma pequena inflamação ocorrerá na zona de implantação. Não é ainda uma doença. É o primeiro contato do germe com o organismo (primoinfecção). Depois disso, esta bactéria pode se espalhar e se alojar em vários locais do corpo.

Se o sistema de defesa do organismo estiver com uma boa vigilância, na maioria dos casos, a bactéria não causará doença, ficará sem atividade (período latente). Se, em algum momento da vida, este sistema de defesa diminuir, a bactéria que estava no período latente poderá entrar em atividade e vir a causar doença. Mas, também há a possibilidade da pessoa adquirir a doença no primeiro contato com o germe.

Então, após a transmissão do bacilo de Koch pela via inalatória, quatro situações podem ocorrer:

1.O indivíduo, através de suas defesas, elimina o bacilo;

2.A bactéria se desenvolve, mas não causa a doença;

3.A tuberculose se desenvolve, causando a doença – chamada de tuberculose primária;

4.A ativação da doença vários anos depois – chamada de tuberculose pós-primária (por reativação endógena).

Existe também a tuberculose pós-primária a partir de um novo contágio que ocorre, usualmente, por um germe mais virulento (agressivo).

A contagiosidade da doença depende:

da extensão da doença – por exemplo, pessoas com “cavernas” no pulmão ou nos pulmões, tem maior chance de contaminar outras pessoas. As “cavernas” são lesões como cavidades causadas pelo bacilo da tuberculose no doente. Dentro destas lesões existem muitos bacilos;
da liberação de secreções respiratórias no ambiente através do ato de tossir, falar, cantar ou espirrar;
das condições do ambiente – locais com pouca luz e mal ventilados favorecem o contágio;
do tempo de exposição do indivíduo sadio com o doente.

Devemos lembrar que a intensidade do contato é importante. A pessoa de baixa renda que vive no mesmo quarto de uma casa pequena e mal ventilada com uma pessoa com tuberculose pulmonar, está mais propensa a adquirir a doença do que outra que tem contato eventual ou ao ar livre com um doente.

Por outro lado, os bacilos que são depositados pelo doente em toalhas, roupas, copos, pratos e outros não representam um risco para transmissão da doença.

Que fatores facilitam o surgimento da doença?

Morar em região de grande prevalência da doença;
Ser profissional da área da saúde;
Confinamento em asilos, presídios, manicômios ou quartéis;
Ser negro – a raça negra parece ser mais suscetível à infecção pelo bacilo da tuberculose;
Predisposição genética;
Idade avançada;
Desnutrição;
Alcoolismo;
Uso de drogas ilícitas;
Uso crônico de medicações como os que transplantados de órgãos usam, como corticóides ou outras que também diminuam a defesa do organismo;
Doenças como SIDA, diabete, insuficiência crônica dos rins, silicose (doença crônica pulmonar) ou tumores.

Tuberculose e AIDS

Desde o seu surgimento no início da década de 80, o vírus da Síndrome da Imunodeficiência Humana (HIV) tornou-se um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da tuberculose nas pessoas infectadas (“portadoras”) pelo Mycobacterium tuberculosis. A chance do indivíduo infectado pelo HIV adoecer de tuberculose é de aproximadamente 10% ao ano, enquanto que no indivíduo imunocompetente é de 10% ao longo de toda a sua vida.

No Brasil, conforme a faixa etária, a co-infecção tuberculose-HIV pode chegar até em torno de 25%.

Quais são os sinais e sintomas?

tosse persistente que pode estar associada à produção de escarro
pode ter sangue no escarro ou tosse com sangue puro
febre
suor excessivo à noite
perda de peso
perda do apetite
fraqueza

Como o médico faz o diagnóstico?

O diagnóstico presuntivo é feito baseado nos sinais e sintomas relatados pelo paciente, associados a uma radiografia do tórax que mostre alterações compatíveis com tuberculose pulmonar. O exame físico pode ser de pouco auxílio para o médico.

Já o diagnóstico de certeza é feito através da coleta de secreção do pulmão. O escarro (catarro) pode ser coletado (de preferência, pela manhã) ao tossir. Devem ser avaliadas, inicialmente, duas amostras colhidas em dias consecutivos. Podem ser necessárias amostras adicionais para obtenção do diagnóstico. Encontrando o Mycobacterium tuberculosis está confirmada a doença.

Outro teste utilizado é o teste de Mantoux, que pode auxiliar no diagnóstico da doença. É feito injetando-se tuberculina (uma substância extraída da bactéria) debaixo da pele. Se, após 72-96h, houver uma grande reação de pele, significa que pode haver uma infecção ativa ou uma hipersensibilidade pela vacinação prévia com BCG feita na infância. Então, este exame não confirma o diagnóstico, mas pode auxiliar o médico.

Existem outros recursos para a confirmação da doença. Dentre eles está o aspirado gástrico – é aspirado conteúdo do estômago à procura do bacilo contido no escarro deglutido. É mais usado em crianças. Já a fibrobroncoscopia é muito utilizada nos casos em que não há expectoração. Neste exame, um aparelho flexível entra no pulmão e coleta material que deve ser encaminhado para a pesquisa do bacilo da tuberculose. Em poucos casos, a biópsia pulmonar, através de cirurgia, pode ser necessária. Existem ainda outros métodos diagnósticos para auxiliar o médico.

Como se trata?

O tratamento da tuberculose é padronizado no Brasil. As medicações são distribuídas pelo sistema de saúde, através de seus postos municipais de atendimento. O tratamento inicial (preferencial), chama-se RHZ e inclui três medicações: rifampicina(R), isoniazida(H) e pirazinamida(Z). É muito eficaz. A cura usando o esquema RHZ por 6 meses, que é preconizado pelo sistema público de saúde, aproxima-se de 100% quando a medicação é utilizada de forma regular, ou seja, todos os dias.

Antes da existência de medicamentos efetivos para o combate da doença, 50% dos indivíduos morriam sem tratamento, 25% tinham cura espontânea e 25% tornavam-se doentes crônicos.

Geralmente, o tratamento dura seis meses, mas, em casos especiais, pode ser mais longo. Nos primeiros dois meses, são utilizadas as três medicações juntas. Já nos últimos quatro meses, são utilizadas a rifampicina associada a isoniazida. O motivo da utilização de mais de uma medicação contra o mesmo germe é que a taxa de resistência do microorganismo a este esquema tríplice é baixa. Os medicamentos agem em lugares diferentes, de maneira sinérgica. No caso de gestação, o tratamento não deve ser alterado. Deve ser realizado o esquema RHZ com duração de seis meses.

Dentre os efeitos indesejáveis mais frequentes causados pelas medicações contra tuberculose estão a náusea, vômitos e dor abdominal. Nestes casos, o paciente deverá comunicar seu médico.

Além do esquema de tratamento RHZ, existem outros esquemas (com outras combinações de medicações) que podem ser utilizados em situações especiais ou nos casos de falência com o tratamento de primeira linha (preferencial).

Como se previne?

Para uma boa prevenção, o mais importante é detectar e tratar todos os pacientes bacilíferos, ou seja, todos aqueles com o bacilo de Koch nos pulmões (doentes).

Para isso, é muito importante um bom sistema público de controle da doença, para identificar precocemente os doentes, evitando que novos casos apareçam.O doente durante as duas primeiras semanas de tratamento pode contagiar ainda outros indivíduos. Portanto, deve proteger a boca com a mão ao tossir ou espirrar. Também deverá procurar não ficar próximo, principalmente em lugares fechados, às pessoas sadias. Estes são cuidados simples para que a doença não contamine outros indivíduos.
Outra conduta importante é o controle dos comunicantes. Comunicantes são aquelas pessoas que têm contato íntimo com o doente (vivem na mesma casa, por exemplo). Estes devem ser investigados pelo médico assistente através de exames solicitados na consulta médica. Se for indicado, os comunicantes devem iniciar a quimioprofilaxia, um tratamento feito com isoniazida com o intuito de prevenir a doença nos comunicantes. Ela é realizada durante seis meses. Em alguns casos especiais, podem durar mais tempo.
Além disso, a vacinação com BCG no recém-nascido, protege as crianças e os adultos jovens contra as formas graves de tuberculose primária como a miliar (disseminada nos pulmões e outros órgãos) e a meningite tuberculosa. A eficácia da vacina está entre 75 e 85%.


Fonte: DIP SYLVIA LEMOS
Fonte:Scielo

Falta de novas vacinas e remédios fez tuberculose ressurgir, diz especialista


Bactéria da doença também criou resistência porque tratamento é difícil.Um caso clássico de seleção natural está fazendo a humanidade perder a guerra contra a tuberculose. Embora a doença seja coisa do passado nos países desenvolvidos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que uma pessoa seja infectada pela bactéria causadora da tuberculose a cada segundo no planeta, levando a quase 2 milhões de mortes por ano. A culpa, afirma um especialista alemão da ONG Médicos Sem Fronteiras, é a falta de novos medicamentos e vacinas contra o microrganismo nas últimas quatro décadas -- situação que precisa ser revertida com urgência.
O outro grande problema é que o tratamento é lento e complicado, durando pelo menos seis meses, e nos países pobres os pacientes têm muita dificuldade de segui-lo até o fim", conta ele. Trata-se de uma receita para o desastre, porque os tratamentos interrompidos acabam gerando sobreviventes da população de microrganismos no corpo das pessoas infectadas. E os micróbios que sobraram tendem a ser os que apresentam algum grau de resistência aos medicamentos, os quais acabam sendo passados para outras pessoas, o que faz com que elas sejam mais difíceis de curar. Trata-se de um caso clássico de seleção natural -- no caso, a sobrevivência e multiplicação dos microrganismos mais resistentes.

Com cerca de 9 milhões de novos casos registrados por ano, a tuberculose também assusta por causa de sua associação com a Aids. "Isso é particularmente grave nos países do sul da África", conta Von Schoen-Angerer. Como os pacientes com Aids têm o sistema imune (de defesa do organismo) enfraquecido, a doença se espalha com facilidade entre eles e, muitas vezes, acaba sendo a causa direta de sua morte.


Fonte:www.g1.com.br

quinta-feira, 19 de março de 2009

Vulcão submerso entra em erupção no oceano Pacífico


Evento aconteceu nas proximidades do arquipélago de Tonga. Não há relatos de danos a seres humanos ou vida marinha.
Vulcão está lançando fumaça, vapor e cinzas há dias, mas as autoridades disseram que erupção não apresenta perigo por enquanto para os moradores das ilhas próximas.
Também não há relatos de peixes ou outros animais sendo afetados.
Moradores da região disseram que a coluna de vapor e cinzas apareceu pela primeira vez na manhã de segunda-feira, depois que vários terremotos foram sentidos na capital, Nuku'alofa. Ainda bem que não houve vítimas.

Cientista britânico prevê 'catástrofe' mundial em 2030

O aumento da população mundial e das demandas por água, energia e alimentos poderão provocar uma "catástrofe" em 2030, segundo previsões do principal conselheiro científico do governo britânico. John Beddington descreveu a situação como uma "tempestade perfeita", termo usado quando uma combinação de fatores torna uma tempestade que, por si só, não teria tanto efeito, em algo muito mais poderoso. A analogia também é usada para descrever crises econômicas.Segundo Beddington, com a população mundial estimada em 8,3 bilhões de pessoas em 2030, a demanda por alimentos e energia deve aumentar em 50%, e por água potável deve aumentar em 30%.
As mudanças climáticas devem piorar ainda mais a situação, vai advertir o cientista nesta quinta-feira, na conferência Desenvolvimento Sustentável RU 09, em Londres.
"Não vai haver um colapso total, mas as coisas vão começar a ficar realmente preocupantes se não combatermos esses problemas", afirma Beddington.
Segundo ele, esta crise por recursos vai ser equivalente à atual crise no setor bancário. "Minha principal preocupação é com o que vai ocorrer internacionalmente, vai haver falta de alimentos e de água", prevê o cientista.
"Nós somos relativamente sortudos no Reino Unido; pode não haver falta, mas podemos esperar um aumento de preço dos alimentos e de energia."
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) prevê falta de água generalizada na África, Ásia e Europa até 2025.
A quantia de água potável disponível por habitante deve diminuir dramaticamente neste período.
A questão da segurança alimentar e energia chegou a entrar no topo da agenda política no ano passado, durante a alta do preço do petróleo e de commodities.
Segundo Beddington, a preocupação agora que os preços voltaram a cair é de que essas questões saiam da agenda doméstica e internacional.
"Não podemos ser complacentes. Só porque os preços caíram, não significa que podemos relaxar", diz ele.
Melhorar globalmente a produtividade agrícola é uma forma de combater o problema, afirma Beddington.
Atualmente, se perdem entre 30% e 40% de toda a produção, antes da colheita, por causa de pragas e doenças.
"Temos que procurar uma solução. Precisamos de mais plantas resistentes a pragas e doenças, e de melhores práticas agrícolas e de colheita", afirma Beddington.
"Os alimentos transgênicos também podem ser parte da solução. Precisamos de plantas que sejam resistentes à seca e à salinidade - uma mistura de modificações genéticas e cruzamento convencional de plantas."

De acordo com o cientista, também são essenciais melhorias na estocagem de água e fontes de energia mais limpas.

John Beddington está a frente de um subgrupo de um novo departamento do governo criado para combater a segurança alimentar.

Fonte:www.g1.com.br

Hepatite D

Daremos início hoje a Hepatite D

Agente Etiológico: é uma partícula viral híbrida com o HBsAg, mas não com DNA do vírus da Hepatite tipo B. É constituído por ácido ribonucleico, que por si só não consegue infectar o fígado; para replicar-se e expressar-se necessita da presença do vírus da hepatite do tipo B (VHB). Dependendo da situação do hospedeiro em relação ao vírus tipo B, pode haver co-infecção (hospedeiro suscetível ao VHB) ou super-infecção (hospedeiro portador crônico do VHB).

Reservatório: o homem. Experimentalmente pode-se transmitir esse vírus a chimpanzés infectados com o VHB, e marmotas infectadas pelo vírus da hepatite de marmotas.
Modo de Transmissão: semelhantes ao vírus da hepatite tipo B.
Distribuição e Letalidade: mundial, particularmente nas áreas onde há alta prevalência de infecção do vírus da hepatite tipo B. No Brasil, a região Amazônica, principalmente na parte ocidental, é que tem reportado o maior número de casos. Os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro também têm notificado casos, que, entretanto, não são autóctones. Segundo a prevalência dos marcadores do VHD em portadores assintomáticos ou em casos de hepatite crônica B, a Amazônia brasileira é considerada de alta endemicidade para o VD por ter mais de 20% de anti-HD nos portadores assintomáticos e 90% ou mais nos casos de hepatite crônica. Mesmo nas áreas de alta endemicidade do VHB, a prevalência do vírus da hepatite D é variável em diferentes locais. A letalidade é mais elevada na superinfecção do que na co-infecção.

Aspectos Clínicos: desde a infecção assintomática às formas fulminantes, observadas principalmente nas superinfecções. Quanto à sintomatologia clínica, é semelhante à observada na infecção pelo vírus da hepatite A.
Vigilância Epidemiológica

Ver mesmo item para o vírus da hepatite B.

Notificação: ver mesmo item para o vírus da hepatite B.
Investigação Epidemiológica: ver o mesmo item para o vírus da hepatite B.
Fluxograma de Atendimento Médico: ver o mesmo item para o vírus da hepatite A.
Definição de Caso:
Suspeito Sintomático: ver o mesmo item para o vírus da hepatite B.
Suspeito Assintomático: ver o mesmo item para o vírus da hepatite B.

Agudo Confirmado: paciente que, na investigação sorológica, apresente os marcadores sorológicos para hepatite D, isto é, HBsAg, Anti-HDV IgM positivos.

Contato: ver o mesmo item para o vírus da hepatite B.

Portador: indivíduo que conserva o vírus tipo B/D por mais de 6 meses. Pode ser clinicamente sintomático ou assintomático, com aminotransferases "normais" ou aumentadas.

Suscetível: indivíduo que não possui anticorpos contra os vírus da hepatite B e D, capaz de protegê-lo da infecção, caso venha a entrar em contato com os agentes etiológicos.

NOTA: A suscetibilidade é específica para cada uma das etiologias, podendo um indivíduo ser suscetível ao vírus tipo A e não ser para o vírus tipo B.

Medidas a serem adotadas frente a um caso ou portador: ver o mesmo item para o vírus da hepatite B.
Conduta frente a um surto ou epidemia: ver o mesmo item para o vírus da hepatite B.
Análise de dados: ver o mesmo item para o vírus da hepatite A.
Medidas de Controle

Ver o mesmo item para o vírus da hepatite A.

Em relação à fonte de infecção:
Indivíduos Infectados: ver o mesmo item para o vírus da hepatite B. Os profissionais da área da saúde, ver o mesmo item para o vírus da hepatite B. Os portadores ver o mesmo item para o vírus da hepatite B. Aos usuários de drogas endovenosas, ver o mesmo item para o vírus da hepatite B. Os filhos de mães HBsAg positivo, ver o mesmo item para o vírus da hepatite B. Os pacientes com manifestações clínicas de hepatite viral aguda do tipo D, devem ser orientados para fazer acompanhamento na rede de assistência médica, usar preservativo de látex nas relações sexuais e vacinar seus contactantes suscetíveis após investigação epidemiológica contra o vírus da hepatite do tipo B.
Vacinação: ver o mesmo item para o vírus da hepatite B
(Fonte: Fundação Nacional de Saúde)
Fonte: Para mais informações: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/hepatites_abcde.pdf

Hepatite C

Introdução e informações básicas.

O que é?

É uma inflamação do fígado causada pelo Vírus da Hepatite C (HCV).

Como se adquire?

Situações de risco são as transfusões de sangue, a injeção compartilhada de drogas e os acidentes profissionais.

Portanto, podemos nos contaminar com o vírus da Hepatite C ao termos o sangue, as mucosas ou a pele não íntegra atingida pelo sangue ou por secreção corporal de alguém portador do HCV, mesmo que ele não se saiba ou não pareça doente.

A transmissão sexual do HCV não é freqüente e a transmissão da mãe para o feto é rara (cerca de 5%). Não são conhecidos casos de transmissão de hepatite C pelo leite materno. Apesar das formas conhecidas de transmissão, 20 a 30% dos casos ocorrem sem que se possa demonstrar a via de contaminação.

O que se sente e como se desenvolve?

Diferentemente das hepatites A e B, a grande maioria dos casos de Hepatite C não apresenta sintomas na fase aguda ou, se ocorrem, são muito leves e semelhantes aos de uma gripe. Já há tratamento para a fase aguda da Hepatite C, diminuindo o risco de cronificação. Por isso pessoas suspeitas de terem sido contaminadas merecem atenção, mesmo que não apresentem sintomas.

Mais de 80% dos contaminados pelo vírus da hepatite C desenvolverão hepatite crônica e só descobrirão que tem a doença em exames por outros motivos, como por exemplo, para doação de sangue. Outros casos, aparecerem até décadas após a contaminação, através das complicações: cirrose em 20% e câncer de fígado em 20% dos casos com cirrose.

Como o médico faz o diagnóstico?

Na fase antes do aparecimento das complicações, exames de sangue realizados por qualquer motivo, podem revelar a elevação de uma enzima hepática conhecida por TGP ou ALT. Essa alteração deve motivar uma investigação de doenças hepáticas, entre elas, a Hepatite C. A pesquisa diagnóstica busca anticorpos circulantes contra o vírus C (Anti-HCV). Quando presentes, podem indicar infecção ultrapassada ou atual. A confirmação de infecção atual é feita pela identificação do vírus no sangue, pelo método da Reação da Cadeia da Polimerase (PCR RNA-HCV). Com a evolução, aparecem alterações de exames de sangue e da ecografia (ultrassonografia) de abdome.

Muitas vezes o médico irá necessitar de uma biópsia hepática (retirada de um fragmento do fígado com uma agulha) para determinar a grau da doença e a necessidade ou não de tratamento. São realizados também a detecção do tipo de vírus (genotipagem) e da quantidade de vírus circulante (carga viral), que são importantes na decisão do tratamento.

Como se trata?

Nos raros casos em que a hepatite C é descoberta na fase aguda, o tratamento está indicado por diminuir muito o risco de evolução para hepatite crônica, prevenindo assim o risco de cirrose e câncer. Usa-se para esses casos o tratamento somente com interferon por 6 meses.

O tratamento da Hepatite Crônica C vem alcançando resultados progressivamente melhores com o passar do tempo. Enquanto até há poucos anos alcançava-se sucesso em apenas 10 a 30% do casos tratados, atualmente, em casos selecionados, pode-se alcançar até 90% de eliminação do vírus (Resposta Viral Sustentada). Utiliza-se uma combinação de interferon (“convencional” ou peguilado) e ribavirima, por prazos que variam de 6 a 12 meses (24 a 48 semanas). O sucesso do tratamento varia principalmente conforme o genótipo do vírus, a carga viral e o estágio da doença determinado pela biópsia hepática.

Pacientes mais jovens, com infecção há menos tempo, sem cirrose, com infecção pelos genótipos 2 e 3 e com menor carga viral (abaixo de 800.000 Unidades/mL) tem as melhores chances de sucesso. O novo tipo de interferon, chamado interferon peguilado ou “peg-interferon” é uma alternativa que vem alcançando resultados algo superiores aos do interferon convencional especialmente para portadores do genótipo 1 e pacientes com estágios mais avançados de fibrose na biópsia.

Os efeitos indesejáveis (colaterais) dos remédios utilizados em geral são toleráveis e contornáveis, porém, raramente, são uma limitação à continuidade do tratamento. A decisão de tratar ou não, quando tratar, por quanto tempo e com que esquema tratar são difíceis e exigem uma avaliação individualizada, além de bom entendimento entre o paciente e seu especialista.

Novas alternativas terapêuticas vêm surgindo rapidamente na literatura médica. Além de novas medicações, a adequação do tempo do tratamento a grupos de pacientes com características diferentes poderá melhorar ainda mais os resultados alcançados com as medicações atualmente disponíveis. Estudos vêm mostrando que, para alguns pacientes, com características favoráveis, tempos mais curtos de tratamento possam ser suficientes, enquanto que pacientes com menor chance de resposta e, possivelmente, aqueles que não responderam a tratamentos anteriores, possam se beneficiar com tempos maiores de tratamento.

Como se previne?

A prevenção da hepatite C é feita pelo rigoroso controle de qualidade dos bancos de sangue, o que no Brasil, já ocorre, tornando pequeno o risco de adquirir a doença em transfusões. Seringas e agulhas para injeção de drogas não podem ser compartilhadas. Profissionais da área da saúde devem utilizar todas as medidas conhecidas de proteção contra acidentes com sangue e secreções de pacientes, como o uso de luvas, máscara e de óculos de proteção. O uso de preservativo nas relações sexuais com parceiro fixo não é indicado para prevenção da transmissão da hepatite C.

Fonte:DIP de Sylvia Lemos
Fonte:http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?230

sexta-feira, 13 de março de 2009

Hepatite B


Conceito e informações básicas.

É definida como inflamação do fígado causada por uma infecção pelo Vírus da Hepatite B (HBV), um vírus DNA, da família Hepdnaviridae. Do ponto de vista epidemiológico a transmissão sexual de agentes infecciosos causadores de hepatite ocorre mais freqüentemente com os vírus das hepatites tipos A, B, C e Delta. Os tipos B e C podem evoluir para doença hepática crônica, e têm sido associados com carcinoma hepatocelular primário.Dentre os fatores que influenciam o risco de infecção pelo HBV citamos: número de parceiros, freqüência das relações sexuais, tipo de prática sexual (oro-anal, oro-genital, relacionamento sexual passivo ou ativo), associação com uso comum de seringas e agulhas, concomitância de outras DST (sífilis, cancro mole, gonorréia, herpes genital e/ou oral, etc.).
No Brasil, estudos de prevalência do HBV detectaram índice de infecção médio de 8,0% na região da Amazônia legal, de 2,5% nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, de 2,0% na região Sudeste e de 1,0% na região Sul.

Quadro clínico

O período de incubação da Hepatite B aguda situa-se entre 45 e 180 dias e a transmissão é usualmente por via parenteral embora outras vias (oral, sexual e vertical) foram demonstradas.

Nos pacientes sintomáticos, a hepatite B, usualmente evolui nas seguintes fases:

* fase prodrômica: sintomas inespecíficos de anorexia, náuseas e vômitos, alterações do olfato e paladar, cansaço, mal-estar, artralgia, mialgias, cefaléia e febre baixa.
* fase ictérica: inicia-se após 5 a 10 dias da fase prodrômica, caracterizando-se pela redução na intensidade destes sintomas e a ocorrência de icterícia. Colúria precede esta fase por 2 ou 3 dias.
* fase de convalescença: a sintomatologia desaparece gradativamente, geralmente em 2 a 12 semanas.

A Hepatite B pode evoluir cronicamente, o que se demonstra pelos marcadores laboratoriais, testes de função hepática e histologia anormais, e doença persistente por mais de seis meses. A Hepatite B crônica pode evoluir de forma:

* persistente: de bom prognóstico, em que a arquitetura do lóbulo hepático é preservada.
* ativa: caracterizada por necrose hepática, que pode evoluir para cirrose hepática ou para câncer.

Diagnóstico

Diagnóstico laboratorial

Realiza-se por meio dos marcadores sorológicos do vírus da Hepatite B:

* o antígeno de superfície da Hepatite B (HBsAg) é o primeiro marcador a aparecer, geralmente precede a hepatite clinicamente evidente, e também está presente no portador crônico;
* o antígeno HBe (HBeAg) é detectado logo após o aparecimento do HBsAg, sua presença indica replicação viral ativa. Sua positividade por 8 a 12 semanas indica o desenvolvimento de hepatite crônica B;
* o anticorpo contra o antígeno central da Hepatite B tipo IgM (anti-HBc IgM) é um marcador da replicação virótica, aparece no início da hepatite clínica e pode ser o único marcador sorológico do tipo agudo presente em alguns pacientes (o paciente com Hepatite crônica B pode apresentar o anti-HBc IgM em baixa concentração no soro, não sendo detectado nestas circunstâncias, de modo que o resultado pode ser positivo na Hepatite aguda B, e negativo, na Hepatite crônica B);
* o anticorpo superficial da Hepatite B (anti-HBs) pode aparecer tardiamente na fase convalescente(é a fase d erecuperação do indivíduo), e sua presença indica imunidade.

Outros testes refletem a lesão hepatocelular na hepatite viral aguda:

* as aminotransferases (alanina aminotransferase /ALT e a aspartato aminotransferase /AST), previamente denominadas transaminases (respectivamente, TGP e TGO) geralmente encontram-se acima de 500 U.I./L
* a bilirrubina total se eleva, podendo alcançar níveis entre 5 e 20 mg %.
* a fosfatase alcalina geralmente está aumentada.
* o leucograma geralmente revela neutropenia com linfocitose relativa.

Na hepatite crônica, a biópsia hepática definirá o diagnóstico histológico e permitirá avaliação da atividade da doença.

Diagnóstico diferencial

* Outros agentes virais (vírus tipo A, C, D, E, Epstein Barr, Citomegalovirus).
* Toxoplasmose, leptospirose.
* Hepatite auto-imune.
* Hepatite por drogas (agrotóxicos, álcool).
* Colecistite ou coledocolitíase.

Tratamento

De modo genérico, o indivíduo com hepatite viral aguda, independentemente do tipo viral que o acometeu, deve ser acompanhado ambulatorialmente, na rede de assistência médica. Basicamente o tratamento consiste em manter repouso domiciliar relativo, até que a sensação de bem-estar retorne e os níveis das aminotransferases (transaminases) voltem aos valores normais. Em média, este período dura quatro semanas. Não há nenhuma restrição de alimentos no período de doença. É desaconselhável a ingestão de bebidas alcoólicas.

Os pacientes com hepatite causada pelo HBV poderão evoluir para estado crônico e deverão ser acompanhados com pesquisa de marcadores sorológicos (HBsAg e Anti-HBs) por um período mínimo de 6 a 12 meses. Aqueles casos definidos como portadores crônicos, pela complexidade do tratamento, deverão ser encaminhados para serviços de atendimento médico especializados.

Recomendações

Internacionalmente, com o surgimento de uma vacina contra o HBV, criou-se expectativa concreta para controlar esta doença.

No Brasil, a utilização de uma vacina contra o HBV para a população sexualmente ativa, não pode ser contemplada como prática rotineira devido ao seu alto custo, no entanto os portadores de DST e seus parceiros formam grupo altamente suscetível e que deve ser considerado prioritário nas ações de vacinação. O esquema básico de vacinação contra o vírus da Hepatite B envolve a administração (por via intramuscular na região deltóide, ou no vasto lateral da coxa, em crianças pequenas) de três ou quatro doses, conforme orientação do fabricante. Habitualmente aplica-se 1,0 ml (20 mg) para adultos e 0,5 ml (10 mg) para neonatos, lactentes e crianças menores de 11 anos de idade. No esquema de três doses: a segunda e a terceira são dadas, respectivamente, um e seis meses após a primeira (esquema 0, 1 e 6 meses); no esquema de quatro doses: intervalos de um mês entre a primeira, a segunda, e a terceira e de doze meses entre a primeira e a quarta (esquema 0, 1, 2 e 12 meses). Este último esquema permite imunização inicialmente mais rápida.No que se refere à prevenção da contaminação de profissionais de saúde lidando com pacientes infectados pelo HBV, recomenda-se o uso das precauções universais em relação ao sangue e aos líquidos corporais de qualquer paciente.
Caso um profissional de saúde não imunizado contra o vírus da Hepatite B seja exposto a material infectado pelo HBV, deve: receber uma dose da Gamaglobulina Hiperimune para Hepatite viral tipo B, se possível, nos primeiros sete dias de exposição e, em seguida, ser vacinado contra a Hepatite B. Esta orientação deve ser seguida para qualquer pessoa exposta ao HBV.

Fonte: http://www.aids.gov.br/assistencia/manual_dst/hepatite.htm
Fonte:http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?229

quinta-feira, 12 de março de 2009

Hepatites Virais I


Bom dia. Vamos dar início a uma série de conhecimento em relação as Hepatites Virais. Bons estudos.
Introdução
As inflamações do fígado provocadas pelos vírus hepatotrópicos atingem milhões de indivíduos e representam significativo problema de saúde pública em todo o mundo. Altualmente, cinco vírus são reconhecidos como hepatotrópicos, o vírus A ou HVA, o vírus B ou HVB, o vírus C ou HBC, o vírus Delta ou HBD e o vírus E ou HVE, os quais provocam a "hepatite". Outros três vírus, ou seja, o vírus G ou HVG e o vírus transmitido por tansfusão(TTV) e o SEN-vírus, identificados recentemente, ainda estão em fase de investigação. Das hepatites citadas irei descrever por parte primeiramente serão descritas a HEPATITE A progressicamente as outras serão citadas, lembrando que abaixo do texto terá as fontes.
HEPATITE A
É uma inflamação do fígado (hepatite) causada por um vírus chamado Vírus da Hepatite A (HAV). Pelo seu modo de transmissão, esse tipo de hepatite é típico de áreas menos desenvolvidas, com más condições de higiene e falta de saneamento básico. Nesses locais, incluindo a maior parte do Brasil, predomina em crianças pequenas (2 à 6 anos), porém, indivíduos que não tiveram a doença quando crianças, podem adquiri-la em qualquer idade. É um vírus do tipo RNA.

Transmissão:
é fecal-oral através de água e alimentos contaminados ou diretamente de uma pessoa para outra.

Como se previne?
O vírus A é eliminado pelas fezes na fase de incubação e nos primeiros 10 dias de icterícia. As fezes contaminam as águas que, se não tratadas, ao serem usadas para lavar alimentos, utensílios e para o próprio banho levam a doença a novos indivíduos. É importante portanto, o uso de água tratada ou fervida para fins alimentares, além de seguir recomendações quanto a proibição de banhos em locais com água contaminada e o uso de desinfetantes em piscinas. Indivíduos expostos ao vírus da Hepatite A, há menos de 15 dias e ainda sem sintomas, podem ser tratados com injeção de anticorpos (imunoglobulina), tentando prevenir ou amenizar a doença.

VACINAS

A vacina para Hepatite A é recomendável para todas crianças a partir de 1 ano de idade e para pessoas que viajam para áreas onde a Hepatite A é muito freqüente, como o norte do Brasil e países tropicais subdesenvolvidos. Grupos de alto risco como crianças e adultos que vivem em creches, asilos ou prisões, homo e bissexuais, usuários de drogas injetáveis ou não, pacientes com doença hepática crônica, aqueles com AIDS ou doenças da coagulação também devem ser vacinados. A aplicação da vacina é útil em profissionais da área da saúde com potencial contato com pacientes ou material contaminado.


Fonte:http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?227
Fonte: DIP de Sylvia Lemos Hinrichsen


Cientistas britânicos descobrem o 'peixe-drácula'


Criatura de 17 mm de comprimento vive em um córrego em Myanmar e tem duas presas feitas de osso. Pesquisadores do Museu de História Natural de Londres (NHM, em inglês) descobriram um peixe com presas feitas de osso. A criatura, apelidada de "peixe-drácula", tem cerca de 17 milímetros de comprimento e foi encontrada em um único córrego em Myanmar. Os cientistas acreditam que um processo evolucionário levou o peixe a perder os dentes e, mais tarde, fez com que ele desenvolvesse presas de ossos.


Fonte:www.g1.com.br

Pegadas de 1,5 milhão de anos indicam quando andar humano surgiu


Pegadas descobertas por pesquisadores da Universidade de Bournemouth (Reino Unido) pode indicar que a maneira de caminhar dos humanos modernos tem pelo menos 1,5 milhão de anos. A análise detalhada das marcas, achadas no Quênia, indica que, por volta dessa época, os ancestrais do homem já mantinham seu dedão junto ao resto dos dedos do pé, ao contrário dos grandes macacos e outros hominídeos. O autor das pegadas pode ter sido o Homo erectus, segundo os pesquisadores. A pesquisa está na revista "Science".


Fonte:www.g1.com.br

quarta-feira, 11 de março de 2009

O que é o sistema límbico e porque nesse local do cérebro está a origem da enxaqueca?


O sistema límbico com certeza é um dos sistemas mais complexos de ser estudado, mas esta definição abaixo dará uma explicação simples e clara de ser entendida. Bons estudos!

Assim como existe um cérebro pensante, existe um cérebro motor, que ouve, enxerga, tem memória. Todas essas divisões têm de estar em consonância entre si e para que isso aconteça é necessário haver uma espécie de computador central para reuni-las. Esse computador é o sistema límbico que funciona através de um mecanismo eletroquímico, através de substâncias chamadas neurotransmissores (neuro, porque pertencem ao sistema nervoso, e transmissores, porque são substâncias que uma vez elaboradas vão promover o funcionamento das mais diversas estruturas).
O sistema límbico coordena todos os neurotransmissores: a serotonina, a noradrenalina (geradora das crises de enxaqueca), a acetilcolina, a prostaglandina e a dopamina, entre outros. De seu funcionamento harmônico resulta o funcionamento harmônico cerebral e corporal. Sob essa ótica, pode-se dizer que o hipocondríaco é um indivíduo que apresenta mau funcionamento do sistema límbico, má organização dos neurotransmissores e que, possuidor de uma sensibilidade exagerada, manifesta os mais diversos sintomas. Em vez de ser digno de pena ou de críticas, ele deve ser tratado por um neurologista que entenda do processo de neurotransmissão .


Fonte:
http://drauziovarella.ig.com.br/entrevistas/dordecabeca3.asp

terça-feira, 10 de março de 2009

Lula volta a defender medicina em aborto de menina


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reacendeu hoje a polêmica com a Igreja Católica na questão do aborto. Em discurso de improviso em um encontro em homenagem ao Dia das Mulheres, ele disse que foi um "absurdo" a crítica feita aos médicos que interromperam a gravidez de uma menina de nove anos em Pernambuco. "Como cristão, sou contra o aborto. Mas, como chefe de Estado, tenho que tratar como questão de saúde pública", afirmou, sob aplausos de uma plateia formada por representantes de entidades ligadas aos direitos das mulheres. "É mais que um absurdo. Como é que pode proibir a medicina cuidar de uma menina que ficou grávida indevidamente?", disse.

Lula também reclamou dos que o criticaram por distribuir camisinhas no carnaval do Rio. "Eu não posso, como pai e presidente da República, fingir que distribuir preservativo é ruim", disse. "O governo tem de tratar dessas coisas sim." No evento, Lula evitou referências a sua candidata à sucessão, a ministra Dilma Rousseff, presente ao encontro. Ele limitou-se a dizer que não poderia falar dela, pois "daqui para frente" as pessoas veem motivos políticos. Ele ainda fez uma defesa do trabalho das mulheres em casa. "O trabalho doméstico, se fosse bom, era o homem que fazia. Se fosse prazeroso, era o homem que fazia", disse. Lula afirmou que a questão do trabalho da mulher em casa é um tabu e vista com preconceito. O presidente ainda disse que, no seu governo, "as mulheres subiram um degrau a mais nos seus direitos" e anunciou que vai transformar a secretaria das Mulheres, da Pesca e dos Direitos Humanos em ministérios. A medida, segundo ele, vai facilitar o repasse de recursos para políticas sociais desenvolvidas pelos órgãos. Ao final do encontro, o presidente evitou dar entrevistas. Ele apenas, numa rápida conversa com jornalistas, voltou a fazer elogios ao jogador Ronaldo, do Corinthians, evitando outros temas. Dilma Rousseff também não quis dar entrevista.

Fonte:www.jc.com.br
Fonte: AE

Minas confirma a primeira morte por dengue este ano


A Secretaria de Saúde de Minas confirmou hoje a primeira morte por dengue hemorrágica no Estado registrada neste ano. O exame realizado no laboratório macrorregional de Teófilo Otoni confirmou que a menina E.G.F, de 10 anos, moradora de Governador Valadares, foi vítima da forma mais grave da doença. Conforme a Secretaria, até o momento foram confirmados em Minas cinco casos de febre hemorrágica da dengue. Os casos ocorreram em Belo Horizonte (1), Ipatinga (1) e em Governador Valadares (3). Há outros 18 casos suspeitos aguardando o resultado, sendo que dois resultaram em óbito, nas cidades de Coronel Fabriciano e Santa Luzia.

Fonte: AE

Cientistas identificam áreas do cérebro ligadas à fé religiosa


Ao pensar em Deus, pessoas usam regiões ligadas à interação com outros. Resultados indicam que não há 'órgão divino' único na mente humana. A ciência provavelmente não é capaz de provar se Deus existe ou não existe, mas a fé religiosa, pelo visto, é bem real -- ao menos em seus efeitos sobre o cérebro. Pesquisadores americanos estudaram o órgão em ação e conseguiram mapear as regiões cerebrais que entram em atividade quando alguém pensa em Deus, no conteúdo de uma determinada doutrina religiosa ou nas cerimônias ligadas à sua fé.

A pesquisa, coordenada por Jordan Grafman, dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, está na edição desta semana da revista científica "PNAS". A primeira conclusão da equipe é que não existe nenhum "órgão divino" especializado no cérebro. Para processar informações, sensações e emoções ligadas à religião e à crença em Deus, as pessoas utilizam regiões do cérebro que também servem para outras funções do dia-a-dia mental. Isso vale, por exemplo, para quando os voluntários tinham de imaginar Deus relativamente distante do mundo e das pessoas, sem se envolver com os assuntos terrenos; Deus enraivecido e Deus amoroso. Em todas essas situações, as áreas do cérebro que ficaram ativas, de acordo com exames de ressonância magnética, tinham a ver com a chamada Teoria da Mente. A Teoria da Mente é uma propriedade mental humana que tem a ver com a detecção de emoções e intenções em outras pessoas ou seres. É a capacidade que você usa para imaginar por que um amigo ou um parente ficou bravo com você por algum motivo, por exemplo. Nesse caso, os voluntários estão pensando num agente sobrenatural (Deus) como se ele tivesse uma mente como a de outros seres humanos.

Fonte: www.g1.com.br

Da mesma forma, áreas cerebrais tipicamente associadas com o raciocínio abstrato, a memória e a fala "acenderam" quando as pessoas tinham de pensar em dogmas de sua religião, enquanto regiões associadas com o processamento sensorial ficavam ativas quando a pessoa tinha de pensar em rituais religiosos. Assim, para o cérebro, decorar informações sobre a Santíssima Trindade não seria muito diferente de aprender uma equação matemática, e assistir a uma missa seria parecido com ir ao teatro, por exemplo.

Os pesquisadores ressaltam que a pesquisa foi feita exclusivamente com cristãos ocidentais. A religiosidade de pessoas de outras partes do mundo pode envolver aspectos cognitivos diferentes.

segunda-feira, 9 de março de 2009

O estresse do dia-a-dia


No Stress”. Não há quem nunca tenha ouvido, dito ou mesmo lido em algum lugar essa expressão em inglês; que se popularizou no Brasil e até virou jargão. Quem já viajou pelo nordeste, com certeza já viu camisetas, adesivos e todos os tipos de artigos para turistas com essa estampa, que traduzida para o português quer dizer “Sem Estresse”. Mas, para o espanto de muitos, o temido estresse pode ser um fator positivo e necessário na vida de qualquer um.

Como assim? Segundo especialistas, a vida seria muito monótona sem estresse. Um pouco dele traz uma certa dose de emoção, de desafio, necessários para que as pessoas sintam-se mais estimuladas a vencer os obstáculos do cotidiano. “A ansiedade pode ser um fator de crescimento, não só de destruição. Se você não tem angústias, desafios a serem vencidos, não tem estímulo para produzir. A ansiedade em fazer um bom trabalho, por exemplo, pode ser algo positivo, dentro dessa colocação”, esclarece o presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília, doutor Antônio Geraldo da Silva.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o estresse afeta mais de 90% da população mundial e é considerado uma epidemia global. Na verdade, sequer é uma doença em si: é uma forma de adaptação e proteção do corpo contra agentes externos ou internos. Estressores sensoriais ou físicos envolvem um contato direto com o organismo. Estariam incluídos, nesse caso, subir escadas, correr uma maratona, sofrer mudanças de temperatura (calor ou frio em excesso), fazer vôo livre ou bungee jumping etc. Já o estresse psicológico acontece quando o sistema nervoso central é ativado através de mecanismos puramente cognitivos, como brigar com o cônjuge, falar em público, vivenciar luto, mudar de residência, fazer exames na escola ou de vestibular, cuidar de parentes com doenças degenerativas (como mal de Alzheimer, que causa demência) e outros.

Um terceiro tipo de estressor pode ainda ser considerado: as infecções. Vírus, bactérias, fungos ou parasitas que infectam o ser humano induzem a liberação de citocinas (proteínas com ação regulatória) pelos macrófagos, glóbulos brancos especializados na destruição por fagocitose de qualquer invasor do organismo. As citocinas, por sua vez, ativam um importante mecanismo endócrino de controle do sistema imunológico. A reação do organismo aos agentes estressores pode ser dividida em três estágios. No primeiro estágio (alarme), o corpo reconhece o estressor e ativa o sistema neuroendócrino. Inicialmente há envolvimento do hipotálamo, que ativa o sistema nervoso autônomo, em sua porção simpática. O hipotálamo também secreta alguns neurotransmissores, como dopamina, noradrenalina e fator liberador de corticotrofina. Esse último estimula a liberação de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) pela hipófise, que também aumenta a produção de outros hormônios, tais como ADH, prolactina, hormônio somatotrófico (STH ou GH - hormônio de crescimento), hormônio tireotrófico (TSH).

Fonte: http://www.afh.bio.br/endocrino/endocrino3.asp

domingo, 8 de março de 2009

Médicos usam ecstasy para tratar estresse pós-traumático nos EUA


Psiquiatras e pesquisadores que estão usando o ecstasy, conhecida droga sintética usada em festas raves, para tratar veteranos de guerra que sofrem do distúrbio de estresse pós-traumático (PTSD) pedem a expansão do programa experimental nos Estados Unidos.
Cientistas dizem que a metilenodioximetanfetamina (MDMA) produz uma experiência descrita como “inibição do medo principal e um eficaz tratamento para os problemas emocionais”. A droga produz sensação de euforia (daí o nome ecstasy, ou êxtase) e desinibição. A Associação Multidisciplinar de Estudos Psicológicos está promovendo clínicas experimentais para determinar o risco potencial e os benefícios da administração da MDMA no tratamento da doença.
“Basicamente parece que fiz anos de terapias em apenas duas ou três horas. Não dá para entender até que você passe por essa experiência”, afirma um ex-combatente do exército americano. “É extremamente positivo, me sinto um cara de sorte por fazer parte desse projeto experimental”, diz.

Os médicos, entretanto, advertem que o experimento ainda está em fase de estudos e que a droga é ministrada em pacientes constantemente monitorados, já que cada pessoa reage de forma individual ao tratamento.

Fonte: www.g1.com.br

sábado, 7 de março de 2009

Medicina avança nas pesquisas sobre transplantes de coração


As inovações tecnológicas estão salvando vidas. Médicos brasileiros estão pesquisando até corações mecânicos e se especializando em cirurgias complexas, que devolvem a vida a quem tinha poucas chances.

O aposentado Laerte Rodella teve um infarto aos 35 anos de idade. “Quatro anos depois, eu precisei fazer ponte de safena. Não deu certo e vim a necessitar de um transplante”, comentou. Os médicos só contaram depois da operação que ele viveria um bom tempo com os dois corações. Isso foi há 16 anos. “Minha recuperação foi excelente. Consigo fazer vários exercícios. Vou à academia e também caminho. Levo uma vida normal”, contou o aposentado. No Instituto do Coração de São Paulo (Incor), os médicos acompanham o estado de saúde de outro paciente, que passou pela mesma cirurgia na quarta-feira passada (4). “A próxima semana será uma semana crítica”, alertou um médico.

O paciente estava internado há cerca de dois meses à espera de uma chance. “É um risco muito alto, e o fator determinante nesses doentes é a hipertensão pulmonar. É um doente que está numa fase de adaptação, que foi operado numa situação muito crítica e muito grave. Ele ainda continua numa situação grave, crítica e passando por uma fase de adaptação, que é muito mais de adaptação mecânica de um órgão com outro”, explica Alfredo Fiorelli, diretor do programa de transplantes do Instituto do Coração (Incor).

Coração artificial

Nos últimos anos, a medicina tem aplicado recursos de outras áreas de conhecimento para desenvolver técnicas que podem aumentar a sobrevida de pacientes cardíacos. Em São Paulo, por exemplo, pesquisadores do Instituto Dante Pazzanese usam engenharia mecânica, informática e eletrônica para aprimorar um equipamento que funcionará como um coração artificial. “Nós não projetamos um aparelho que substitua o coração do paciente, e sim que ajude o coração do paciente a bombear o sangue circulando o sangue por seu organismo”, afirma Aron José Pazin de Andrade, doutor em engenharia mecânica.
Por enquanto, o aparelho está sendo testado em bezerros. Em seres humanos, depois de aprovado, o sistema será implantado logo abaixo do diafragma. Cânulas ligarão um coração ao outro. O sangue será captado dos ventrículos direito e esquerdo e bombeado de volta para o coração natural para as artérias pulmonar e aorta. “Todos esses dispositivos implantados no paciente são auxiliares. Eles acabam deixando o paciente numa forma segura, no tempo que for necessário para fazer o transplante”, acrescenta Andrade.

Na versão que está sendo estudada, o aparelho usa baterias externas. Elas ficariam ligadas ao paciente, que teria que usar um colete para carregá-las. “A ideia é projetar e desenvolver um sistema de controle e baterias também implantáveis. Aí o sistema passa a ser totalmente implantável”, diz o responsável pela pesquisa.

Para o especialista José Henrique Vila, que acompanha o quadro clínico de muitos transplantados, o coração artificial está evoluindo muito, assim como outras tecnologias, mas o transplante ainda será a opção por muitos anos. “Eu imagino que, no futuro, medidas de engenharia genética de células-tronco acabarão por serem talvez a solução a longo prazo. Nesse meio tempo, possivelmente o coração artificial talvez fique barato e possa ser uma alternativa também”, diz Vila, coordenador de transplante cardíaco do Hospital Beneficência Portuguesa.

Ele aposta na prevenção. “Cada vez mais precisamos cuidar melhor da saúde para que não precisemos dos procedimentos de alto custo”, afirma. As chances de sobrevida de quem recebe um transplante simples de coração chegam hoje a 90%. No caso de uma cirurgia em que um segundo coração é implantado, as chances são menores. Ficam entre 40% e 50%, porque a operação é bem mais complexa. O período crítico de recuperação do paciente do Incor vai até domingo (8). Superada essa fase, as chances de uma boa recuperação aumentam muito.

Fonte: www.g1.com.br

Acreditar em Deus reduz ansiedade e estresse, diz estudo!


Acreditar em Deus pode ajudar a acabar com a ansiedade e reduzir o estresse, segundo um estudo da Universidade de Toronto, no Canadá. A pesquisa, publicada na revista "Psychological Science", envolveu a comparação das reações cerebrais em pessoas de diferentes religiões e em ateus, quando submetidos a uma série de testes. Segundo os cientistas, quanto mais fé os voluntários tinham, mais tranquilos eles se mostravam diante das tarefas, mesmo quando cometiam erros. Os pesquisadores afirmam que os participantes que obtiveram melhor resultado nos testes não eram fundamentalistas, mas acreditavam que "Deus deu sentido a suas vidas". "Esta parte do cérebro é como um alarme que toca quando uma pessoa comete um erro ou se sente insegura", disse Michael Inzlicht, professor de psicologia e coordenador da pesquisa. "Os voluntários religiosos ou que simplesmente acreditavam em Deus mostraram muito menos atividade nesta região. Eles são muito menos ansiosos e se sentem menos estressados quando cometem um erro. "O cientista, no entanto, lembra que a ansiedade é "uma faca de dois gumes", necessária e útil em algumas situações. Os voluntários religiosos eram cristãos, muçulmanos, hinduístas ou budistas. Grupos ateus argumentaram que o estudo não prova que Deus existe, apenas mostra que ter uma crença é benéfico.

Comparados com os ateus, eles mostraram menos atividade no chamado córtex cingulado anterior, a área do cérebro que ajuda a modificar o comportamento ao sinalizar quando são necessários mais atenção e controle, geralmente como resultado de algum acontecimento que produz ansiedade, como cometer um erro. "Claro que a ansiedade pode ser negativa, porque se você sofre repetidamente com o problema, pode ficar paralisado pelo medo", explicou. "Mas ela tem uma função muito útil, que é nos avisar quando estamos fazendo algo errado. Se você não se sentir ansioso com um erro, que ímpeto vai ter para mudar ou melhorar para não voltar a repetir o mesmo erro?".

Fonte: www.g1.com.br